O Brasil é o terceiro país do mundo em número de animais de estimação, com 149,6 milhões, segundo o censo do Instituto Pet Brasil (IPB) de 2021. Isso significa que cerca de 70% da população brasileira possui ou conhece alguém que tenha um pet em casa. Além disso, um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa da Interação Humano-Animal (HABRI) em 2019 nos Estados Unidos revelou que 26% dos entrevistados optam por ter um pet porque reconhecem os benefícios para a saúde mental. Com o aumento do número de tutores, cresce também o interesse em levar os animais em viagens. No entanto, o transporte aéreo de pets é um assunto que tem gerado polêmicas e novidades no setor da aviação. Vamos entender os principais pontos.
Infelizmente, incidentes trágicos têm marcado o transporte de animais nas companhias aéreas. Em 2024, um caso comoveu o país: Joca, um cachorro transportado pela Gollog, empresa da Gol, morreu após um erro no destino que prolongou a viagem para quase 8 horas, mesmo tendo um atestado veterinário que permitia apenas 2h30min de voo. Esse não foi um caso isolado. Em 2021, um cão chamado Weiser faleceu durante um voo da Latam. Como resposta, a companhia suspendeu temporariamente o transporte de animais para revisar suas políticas e implementar novos protocolos. Em 2024, a Latam também eliminou a exigência de peso máximo de sete quilos para pets na cabine.
Outro incidente chocante ocorreu em 2021, quando a cachorra Pandora desapareceu durante um voo no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Foram 45 dias de buscas até que ela fosse encontrada, desnutrida, no terminal 3 do aeroporto. Esses episódios evidenciam a necessidade de mudanças no transporte aéreo de animais.
Diante desses problemas, a Câmara dos Deputados aprovou recentemente, de forma simbólica, um projeto de lei que visa aumentar a segurança no transporte de pets, chamado de “Lei Joca”. A proposta exige que as companhias aéreas que transportam animais de estimação ofereçam um serviço de rastreamento de cães e gatos durante todo o trajeto, permitindo que o tutor acompanhe o deslocamento do seu pet em tempo real. Vale destacar que o monitoramento é obrigatório apenas para as companhias que ofertarem o serviço de transporte de animais, e as empresas podem recusar o transporte caso haja riscos à saúde do pet, questões de segurança, ou restrições operacionais.
Outro ponto importante da proposta é a exigência de que aeroportos com movimentação anual acima de 600 mil passageiros disponham de um médico veterinário para supervisionar os processos de embarque, acomodação e desembarque dos animais. O projeto agora segue para votação no Senado.
Embora esperemos que medidas como a “Lei Joca” ajudem a prevenir tragédias, é essencial que tutores tomem todas as precauções ao planejar viagens com seus animais. Certifique-se de que seu pet está em boas condições de saúde, escolha a companhia aérea cuidadosamente, e esteja atento aos protocolos de transporte. Aqui no blog, continuamos a trazer informações e dicas para que você e seu pet tenham uma viagem tranquila e segura.
Esperamos que essas iniciativas promovam uma aviação mais segura para os pets. Cuide bem do seu animalzinho e aproveite a viagem com ele. Até a próxima!