RAISSA DA SILVA CASTILHO
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09 May
09May

O Rio Grande do Sul, principalmente, Porto Alegre está há dias passando por um momento complicado de sua história: O local está sendo inundado por enchentes. 

O fato tem afetado a vida das pessoas da região e houve a mobilização de empresas, famosos, médicos e diversos tipos de arrecadação de dinheiro para auxiliar a região. 

Nesse sentido, hoje vamos entender um pouco melhor do que está acontecendo, de fato, no estado.

Inicialmente, é importante entender que a região de Porto Alegre está próxima da Bacia do Guaíba, é justamente onde ocorre a junção de três rios: Taquari, Jacuí e Caí. 

Assim, quando chove e há um aumento no nível da água desses três rios, a vazão é escoada para o Guaíba, que compõe cerca de 90% do volume total da Bacia. 

Logo, após quatro dias de chuvas intensas, a vazão do Guaíba subiu de 2 mil metros cúbicos por segundo para 25 mil metros cúbicos por segundo, não tendo tempo hábil para escoamento. 

Portanto, o volume grande de água, faz o nível subir muito rápido. Dessa forma, caso a chuva continue, o quadro pode voltar a se agravar. 

Assim, em resumo, a tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.

Por enquanto, as enchentes provocadas já deixaram pelo menos 85 mortos, segundo boletim da Defesa Civil divulgado no fim da tarde de segunda-feira (6). Ainda, as autoridades já contabilizam 339 feridos e 134 desaparecidos. Sendo certo que, entre os sobreviventes, mais de 201 mil pessoas estão fora de casa, sendo 153.824 desalojados e 47.676 em abrigos públicos, conforme informação do Jornal Diário do Nordeste. 

Além disso, as fortes chuvas já afetam a produção agrícola do Estado, sobretudo áreas de arroz e de soja. Ainda, o Brasil passou a importar energia elétrica do Uruguai para garantir o fornecimento de energia no Rio Grande do Sul, informação prestada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) e consta do Informativo Preliminar Diário da Operação (IPDO). Por fim, a indústria está paralisada para prevenção de danos à fábrica e aos colaboradores. 

Diante disso, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou, na manhã da segunda-feira (6), que o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está fechado por tempo indeterminado, com todas as operações suspensas. Ainda, a Fraport, administradora do aeroporto, divulgou uma nota em que coloca o dia 30 deste mês como data final da suspensão das operações. 

Em verdade, o aeroporto está submerso pela enchente na capital gaúcha e inoperante desde a última sexta-feira, sendo certo que um avião da Azul foi inundado por água no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Inclusive, passageiros que já tinham viagens aéreas marcadas com origem ou destino em Porto Alegre podem solicitar compensação às companhias aéreas. 

Por conta do que está acontecendo, o Senado aprovou um projeto de decreto legislativo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que reconhece o estado de calamidade pública no país para atendimento às cidades atingidas pelas inundações no Rio Grande do Sul. A medida dá aval para o Legislativo repassar verbas às regiões alagadas sem precisar cumprir regras fiscais. 

É visto, desta maneira, que o Rio Grande do Sul está passando por uma situação catastrófica, o que faz com que todo o Brasil seja afetado de alguma forma e faça uma corrente de união em solidariedade ao acontecimento. 

Nesse sentido, caso queira ajudar, procure pontos seguros que estão recebendo doações seja financeira ou de produtos necessários para a região. No mais, continuaremos atentos às informações e torcendo para que a situação se regularize o quanto antes.


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