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14 Jul
14Jul

Por: RAISSA DA SILVA CASTILHO 

No dia 02 de julho desse ano, um de cada cinco voos partindo do principal aeroporto de Paris, foram cancelados. No mesmo dia, em Madri, houve 15 cancelamentos e mais de 200 atrasos. Em Portugal, foram mais de cem cancelamentos no primeiro fim de semana de julho. Em Berlim e Munique, houve 2.000 cancelamentos. Entenda a crise no setor aéreo europeu e se prepare melhor para sua viagem! 

O verão europeu se inicia no final de junho e permanece até o final de setembro e devido ao clima geralmente mais frio, essa época com temperaturas mais altas, costuma ser procurada para diversas viagens entre os europeus e pessoas de fora do continente. 

Porém, está cada vez mais complicado seguir com viagens aéreas. Isso porque com a pandemia relacionada ao COVID-19, o setor aéreo ficou extremamente prejudicado, uma vez que não havia muita procura, além de diversas fronteiras que se fecharam com medida para conter a disseminação do vírus. 

Assim, houve uma grande demissão de funcionários, não apenas pelas companhias aéreas, mas também pelas empresas que cuidam da infraestrutura aeroportuária. Dessa forma, com a retomada em alta do setor, falta mão de obra qualificada e a preparação de novos técnicos não é rápida, o que prejudica a urgência na temporada. 

Logo, os funcionários que restaram nas companhias, assistindo o crescimento da demanda agora, pedem por melhores condições de trabalho e o reajuste salarial, uma vez que durante o momento de queda, aceitaram até 50% de redução, como no caso dos pilotos da empresa aérea portuguesa TAP. 

Outrossim, empresas famosas como a Ryanair, EasyJet e Eurowings são as que mais sofrem, tendo em vista que tentam oferecer passagens com menor custo aos consumidores e por mais que sejam menores, tendem a estar entre as mais procuradas. 

Nesse sentido, o diretor de operações da companhia britânica Ryanair, Peter Bellew, foi demitido do cargo no dia 04 de julho desse ano, por não conseguir destravar as negociações salariais com os funcionários e tampouco normalizar as operações de voo. 

Além dos reflexos da pandemia, as companhias aéreas também estão sofrendo com a alta no preço do combustível dos aviões decorrente da invasão da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro desse ano e, também da adoção de embargos e sanções pela Europa e pelos EUA. 

Ressalta-se que o combustível responde por entre 25% e 30% dos custos de uma companhia aérea e a Rússia é o segundo maior exportador de petróleo do mundo. Nessa esteira, executivos da alemã Lufthansa estimam que o caos no setor, com todos esses cancelamentos, atrasos e remarcações, não deve ser resolvido antes do fim de 2022. 

No Brasil, como o país ainda não atingiu seus índices de transporte aéreo anterior à pandemia, não deve ocorrer o mesmo caos relatado acima. Porém, caso você tenha um voo partindo do Brasil para a Europa e ele tenha sido afetado, é possível que recorra diretamente às empresas para buscar uma solução, segundo a resolução 400 da ANAC. 

Além disso, nos países da União Europeia, as condições de acolhimento em situações de problemas com viagens aéreas como atrasos e cancelamentos são similares às normas brasileiras. 

Não deixe de acompanhar as atualizações sobre viagens aéreas aqui com a Indeniza Voe! Até a próxima!


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