Por: RAISSA DA SILVA CASTILHO
As companhias low cost oferecem passagens mais baratas do que as companhias mais tradicionais, como já falamos em outro post.
Entretanto, no Brasil, essa forma de ofertar as passagens não é muito comum. Inclusive, isso é uma realidade no nosso país? Vamos descobrir hoje!
Sempre se falou sobre a possibilidade do funcionamento das companhias low cost no Brasil. No entanto, ainda que algumas empresas tentem funcionar dessa forma no país, ainda não se consagraram.
Dessa forma, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autorizou que algumas empresas conhecidas nessa modalidade de funcionamento atuem no país. Inclusive, as mudanças regulatórias que tornem o mercado nacional mais atrativo e ampliem a concorrência vêm sendo realizadas, nos últimos anos, pela Agência.
Recentemente, a ANAC simplificou o processo para autorizar a operação de empresas regulares, por meio da Lei conhecida como Lei do Voo Simples.
Assim, caso uma empresa pretenda realizar operações para e a partir do Brasil, basta registrar seus atos na Junta Comercial do local onde pretende se estabelecer e dar entrada no pedido de autorização para operar, procedimentos que podem ser realizados em paralelo, permitindo uma grande redução no prazo para que uma empresa possa iniciar suas operações.
As mudanças visando facilitar a entrada dessas empresas no mercado brasileiro são boas e podemos verificar o resultado da proposta com as seguintes JetSmart, SKY Airlines, Flybondi da Argentina e Viva Air da Colômbia.
Contudo, foi em 2018 que se iniciaram os voos dessas companhias no país. Isso porque houve a vinda da Sky Airline após sua reformulação no mercado chileno e um dos fatores que teria tornado o país mais atrativo foi o fim da gratuidade no despacho de bagagens, aprovado no ano anterior.
Além disso, existem diversos atrativos para essas empresas funcionarem no Brasil como a malha aérea brasileira que é enorme e ainda pouco explorada, os brasileiros costumam viajar bastante, há um potencial da aviação regional e recente incentivo na melhoria de aeroportos mais periféricos, que tendem a praticar tarifas mais baratas e por fim, os polos estudantis e industriais bem definidos e com rotas poucos exploradas para tais regiões.
Entretanto, há desvantagens para essas empresas no país que são relevantes. Nesse sentido, precisamos lembrar das empresas que faliram por motivos diversos.
Ainda, um dos principais problemas do setor é em relação aos custos do combustível. No Brasil, especificamente, o querosene de aeronave é responsável por até 30% do custo de um trecho aéreo e esse custo está atrelado ao dólar, ou seja, a conta flutua conforme o câmbio. Ademais, outro desafio é a falta de infraestrutura e a mobilidade urbana defasada que conecta os aeroportos secundários aos grandes centros.
Após a quebra da Avianca Brasil, os slots do aeroporto de Congonhas que pertenciam à companhia, foram redistribuídos entre as outras três principais do mercado aéreo brasileiro: Azul, Gol e Latam.
Por fim, é importante lembrar que as cias aéreas low costs terão que ter paciência, pois o consumidor brasileiro ainda não está acostumado com esse modelo de negócios, ou seja, o mercado nacional ainda terá que passar por um processo de educação.
Enfim, o setor público ainda estuda maneiras para atrair mais empresas low costs ao Brasil, mas esse processo pode demorar um pouco.
De qualquer forma, o importante é que as coisas estão engatinhando para um futuro com companhias aéreas mais dinâmicas e que possam propor formas mais econômicas para viajar de avião. Esperamos os passageiros aéreos aumentem e possamos conhecer cada vez mais lugares.
Mas, enquanto isso, qual será sua próxima aventura? Até a próxima!